O BB Investimentos reforçou sua avaliação positiva para o fundo imobiliário Rio Bravo Renda Corporativa (RCRB11), destacando que o atual patamar de desconto das cotas representa uma oportunidade interessante para investidores que buscam geração de renda e possibilidade de ganho de capital. Segundo relatório da instituição, o fundo apresenta ativos de qualidade, contratos diversificados e vem demonstrando melhora operacional, beneficiado pela recuperação gradual do segmento de lajes corporativas.
Apesar de ter enfrentado desafios no passado, como alta vacância e dificuldades com inquilinos — entre eles, a WeWork —, o RCRB11 passou por ajustes e hoje negocia com um P/VP de 0,62, o que indica um desconto expressivo em relação ao seu valor patrimonial. A vacância física atual é de apenas 0,8%, enquanto a vacância financeira ainda está em 13,3%, fator que limita a receita no curto prazo, mas tende a melhorar com o tempo.
De acordo com o relatório gerencial mais recente, há expectativa de redução nas carências e descontos concedidos até o final de 2026, à medida que novas locações entrem em vigor. Com isso, o BB projeta dividendos entre R$ 0,83 (yield de 7,9%) e R$ 1,03 (yield de 9,9%) no segundo semestre de 2025. A gestora também aposta em duas estratégias que podem agregar valor ao fundo: a renovação de contratos com potencial de reajuste de até 15% em 18% da área locável e a venda de ativos por, no mínimo, o valor de avaliação, o que poderia gerar aproximadamente R$ 7,00 por cota em lucro.
Desde sua estreia na bolsa em 2003, o RCRB11 acumula um patrimônio líquido de cerca de R$ 750 milhões e integra o IFIX com participação de 0,33%. Seu portfólio reúne nove imóveis localizados em São Paulo e no Rio de Janeiro, com mais de 43 mil m² de área bruta locável (ABL), distribuídos entre ativos com classificação de qualidade entre C e AA, segundo a Buildings.
O destaque vai para o JK Financial Center, situado no Itaim Bibi, em São Paulo, responsável por 38% da receita do fundo. Outro ativo relevante é o Bravo Paulista, adquirido em 2020, que passou por modernização e tem apresentado bom desempenho graças à estratégia ‘Plug & Play’, que entrega os espaços prontos para uso imediato pelos inquilinos.
Por outro lado, o BB chama atenção para a alavancagem do fundo, atualmente em 13%, com pagamento mensal de juros e amortização, o que exige atenção do investidor. Além disso, aponta risco no ativo monoinquilino localizado no centro do Rio de Janeiro, região que sofre com elevada vacância, excesso de oferta e preços pressionados, o que pode dificultar a substituição do inquilino caso ocorra desocupação.