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CDI x Bolsa: o que o Itaú vê nos investimentos?

A retração do dólar, segundo o estrategista-chefe do Itaú Unibanco, teve efeito deflacionário global e reacendeu o interesse de investidores estrangeiros no mercado brasileiro

O estrategista-chefe do Itaú Unibanco, Nicholas McCarthy, afirmou que proteger o capital da inflação deve ser a principal meta de qualquer investidor. Segundo ele, um retorno abaixo da inflação representa perda real de patrimônio. No Brasil, os juros altos têm facilitado esse objetivo, o que levou McCarthy a comparar o CDI a uma “Ferrari”.

Apesar disso, ele alertou que, no longo prazo, ativos de risco tendem a superar o CDI. Para o estrategista, a Bolsa brasileira está barata, mas sua valorização dependerá da queda dos juros e da continuidade da desvalorização do dólar. Ele acredita que, com a inflação em queda, o Banco Central poderá iniciar cortes na Selic em 2026, desde que o IPCA convirja para a meta de 3%.

Sobre o câmbio, McCarthy destacou a forte desvalorização do dólar no primeiro semestre, considerada uma das maiores dos últimos anos. Ele acredita que, embora o dólar não perca seu status de moeda de reserva, há espaço para queda adicional, o que favorece países emergentes como o Brasil.

A retração do dólar, segundo ele, teve efeito deflacionário global e reacendeu o interesse de investidores estrangeiros no mercado brasileiro. No entanto, ponderou que o dólar já passou por vários ciclos e tende a se recuperar ao longo do tempo. (Com MoneyTime)

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