Por Letícia Bogéa – Analista de Economia do Boletim Nacional
Quando falamos sobre a psicologia dos investidores, uma verdade se impõe com clareza: não é o mercado, a crise ou o governo que definem o seu destino financeiro. É você! Seu comportamento, suas decisões, sua capacidade de manter a calma enquanto alguns surtam com oscilações do mercado ou de agir enquanto muitos ficam paralisados.
Muitas pessoas perdem dinheiro não por falta de oportunidade, mas por excesso de emoção. Parem um minuto do que vocês estão fazendo agora para analisar como a emoção atrapalha o seu movimento com o dinheiro. Medo, ganância, impaciência e impulsividade são os verdadeiros vilões dos investimentos.
E o pior? Eles moram dentro de cada um. É o investidor que compra no topo por euforia, que vende no fundo por pânico, que ignora o plano por ansiedade. Algumas vezes o problema nem é a falta de conhecimento; é a ausência de controle.
Estabelecer uma mentalidade sólida é tão essencial quanto qualquer análise técnica ou indicador financeiro. Clareza, disciplina e inteligência emocional são pré-requisitos para quem busca liberdade – não apenas financeira, mas de pensamento.
Respeite seu perfil, mas não deixe que suas emoções comandem cada passo seu na hora de investir. Não é à toa que educadores financeiros repetem sempre: emoção e investimento formam um casal que nunca deu certo.
Quem não domina a si mesmo será sempre escravo do mercado. No fim das contas, investir bem é menos sobre prever o futuro e mais sobre entender a si mesmo, porque no jogo do dinheiro, o adversário mais desafiador não está no mercado, está no espelho. E quem não vence essa batalha interna, já entra em desvantagem.