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Pesquisa mostra que ciberataques afetam reputação de 31% das empresas no Brasil

Os dados indicam que 36% das violações têm origem em ameaças internas, como descuidos de funcionários

Um levantamento da Kaspersky revelou que 31% das empresas brasileiras sofreram ciberataques nos últimos dois anos e registraram impactos diretos na reputação. O estudo destaca que, após um incidente desse tipo, muitas organizações concentram esforços na recuperação operacional, mas ignoram os danos silenciosos à imagem corporativa, que podem se prolongar por meses ou até anos.

Segundo a pesquisa, o efeito sobre a credibilidade das companhias vai além do momento do ataque, gerando desconfiança no mercado sobre sua capacidade de proteger dados, manter operações seguras e gerenciar riscos cibernéticos. Essa percepção negativa costuma afetar clientes, parceiros e investidores, influenciando diretamente na continuidade dos negócios.

Os dados indicam que 36% das violações têm origem em ameaças internas, como descuidos de funcionários que, sem perceber, facilitam a entrada de malwares, acessam sites inseguros ou caem em golpes de phishing. Esses incidentes são frequentemente interpretados como sinais de falta de treinamento e de políticas adequadas de segurança digital, enfraquecendo ainda mais a imagem das empresas.

Os impactos da perda de credibilidade são significativos: 19% das empresas afetadas relataram queda na confiança de clientes, 6% enfrentaram retirada de investidores e 11% sofreram consequências econômicas mais amplas, como cancelamento de pedidos, desvalorização das ações e rompimento de parcerias estratégicas.

Apesar dos riscos, especialistas afirmam que o dano reputacional pode ser revertido. A adoção de medidas preventivas, como investimento em cultura de cibersegurança, protocolos claros de resposta e transparência na comunicação após incidentes, pode ajudar as empresas a recuperar a confiança do mercado.

Para Roberto Rebouças, gerente-geral da Kaspersky no Brasil, a segurança cibernética deve ser vista como decisão estratégica. “As empresas que investem em proteção digital não protegem apenas seus sistemas e dados, mas também sua reputação e relação de confiança com clientes e parceiros. Em um cenário onde ataques são inevitáveis, o diferencial está em como as organizações reagem e no aprendizado que tiram dessas situações”, afirmou.

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