O mercado brasileiro de derivativos de juros mostrou um avanço expressivo no primeiro semestre de 2025 em comparação ao mesmo período de 2024, evidenciando a sofisticação crescente dos investidores. O destaque ficou por conta das Operações Estruturadas de DI1 (EDSs), que funcionam como proteção contra a volatilidade da curva de juros e tiveram salto de 92% no volume médio diário (ADV), atingindo 431 mil contratos. Já o Futuro de Cupom de IPCA (DAP), usado para hedge contra a inflação, cresceu 15%, passando de 68 mil para mais de 78 mil contratos negociados por dia.
Outro segmento em expansão são os ETFs de Renda Fixa, que oferecem diversificação e proteção a portfólios em cenários de incerteza. O volume médio diário de negociação praticamente dobrou, de cerca de R$ 32 milhões para R$ 61 milhões, reforçando a busca dos investidores por alternativas seguras e eficientes para compor suas carteiras.
O Contrato Futuro de DI (DI1), considerado a principal ferramenta de hedge do mercado, manteve liquidez robusta, com média diária de 3,4 milhões de contratos negociados no semestre. Outros produtos do portfólio da B3 também registraram resultados relevantes: as Opções de Copom (CPM), após mudança no tamanho dos contratos em maio, somaram 358 mil negociações diárias; as Opções de IDI alcançaram cerca de 1 milhão de contratos por dia; e o Futuro de Treasury 10 anos (T10), que oferece exposição às taxas dos títulos do governo dos Estados Unidos, registrou média diária de 2,1 mil contratos.
Segundo Felipe Gonçalves, superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, os números confirmam um movimento de maturidade: “Além de utilizarem o DI1 para a gestão de risco de forma ampla, os investidores estão buscando instrumentos cada vez mais específicos para se protegerem de cenários como o avanço da inflação ou a volatilidade da curva de juros. Nosso papel é oferecer um portfólio completo e de alta liquidez para que o mercado possa navegar em momentos de incerteza e gerenciar seus riscos com eficiência e segurança”, afirma.
Com esse desempenho, a B3 reforça sua posição como referência na oferta de produtos de juros e renda fixa, acompanhando a demanda por instrumentos de proteção mais sofisticados e diversificados, que refletem o avanço estrutural do mercado brasileiro em 2025.