(Por Letícia Bogéa – Analista de Economia do Boletim Nacional/ Editora de Política do Jornal Pequeno)
O Banco Central dá sinais de que começou a encerrar o ciclo de alta da Selic em 15% ao ano, consolidando, ainda, um cenário de juros elevados que deve perdurar em 2025. Para investidores, o ambiente segue desafiador, mas também oferece boas oportunidades. A diversificação de ativos continua sendo uma estratégia importante para reduzir riscos e melhorar a performance nos investimentos.
Em um ambiente de juros elevados, o crédito se torna mais caro e empresas tendem a adiar investimentos produtivos, o que pode limitar o crescimento econômico. Por outro lado, esse mesmo cenário favorece aplicações de renda fixa que vêm entregando bons retornos, especialmente para quem está começando a investir. Entre elas, destacam-se Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI – que oferecem liquidez e baixo risco -, além do Tesouro IPCA+ e CDBs indexados à inflação.
1. Expectativa de investimentos
Com a taxa básica mantida em patamar elevado, a renda fixa continua sendo o principal destaque para quem busca preservação de capital e retornos consistentes no curto e médio prazo.
2. O que favorece nesse momento
Títulos indexados ao CDI e papéis atrelados à inflação permanecem atrativos, especialmente para compor estratégias defensivas e proteger o portfólio de incertezas externas e internas.
3. Risco fiscal e impactos futuros
O quadro fiscal brasileiro segue como principal ponto de atenção. Caso a trajetória das contas públicas não apresente sinais claros de ajuste, a queda dos juros tende a ser adiada, prolongando o custo de oportunidade elevado para ativos mais arriscados, como ações.
O momento exige cautela e análise para equilibrar oportunidades de renda fixa com a busca por diversificação em outros mercados. Reforço: a diversificação é a estratégia que protege o investidor em qualquer cenário. Se você perde em um ativo; o outro pode compensar. Sem diversificação, qualquer instabilidade do mercado pode custar caro.