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Banco Central autoriza aumento de R$ 1 bi no capital do Banco Master

O compromisso de injetar R$ 2 bilhões no Master havia sido firmado previamente entre os controladores da instituição e o próprio Banco Central

O Banco Central aprovou um novo aporte de capital no Banco Master, elevando o patrimônio da instituição de R$ 3,763 bilhões para R$ 4,763 bilhões. A decisão foi publicada nesta segunda-feira (4) no Diário Oficial da União e representa o segundo reforço de R$ 1 bilhão realizado pelo banco neste ano. A capitalização integra o pacote de exigências do Banco de Brasília (BRB) para viabilizar a compra de ativos do Master, operação que segue em análise pelo regulador.

O compromisso de injetar R$ 2 bilhões no Master havia sido firmado previamente entre os controladores da instituição e o próprio Banco Central, em um esforço para fortalecer a estrutura financeira e atender às condições necessárias para a operação com o BRB.

Na última sexta-feira (1º), o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou mudanças nas regras do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), justamente para desestimular práticas semelhantes às adotadas pelo Master. Entre as alterações, está o aumento da contribuição extra de instituições que emitem volumes elevados de produtos garantidos pelo fundo e a exigência de que os recursos captados passem a ser aplicados em títulos públicos federais e outros ativos líquidos de baixo risco.

A exposição do FGC ao Banco Master vinha gerando preocupações. O banco expandiu sua base de captação por meio da oferta de certificados de depósitos bancários (CDBs) com taxas significativamente superiores às praticadas pelo mercado, amparados pela garantia do fundo. Os recursos obtidos eram direcionados a ativos considerados arriscados, como precatórios, pré-precatórios e ações de empresas em situação delicada.

O FGC, que funciona como uma espécie de seguro privado do sistema financeiro, garante a restituição de até R$ 250 mil por CPF e por instituição em casos de quebra bancária. As mudanças recentes visam preservar a estabilidade do fundo e reforçar a confiança dos investidores em um momento de maior escrutínio regulatório sobre o setor.

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