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CRI bate recorde no mercado secundário no 1º semestre de 2025

Com alto retorno, benefícios fiscais e renda periódica, os CRIs ganham espaço na renda fixa, mas exigem atenção aos riscos de crédito, liquidez e regulação

Mesmo com queda nas emissões do mercado primário, o primeiro semestre de 2025 foi histórico para os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) no Brasil. O mercado secundário movimentou R$ 47,7 bilhões e registrou 382,8 mil operações, superando com folga os números de 2024 e mostrando o amadurecimento do segmento.

Os CRIs são títulos de renda fixa lastreados em recebíveis do setor imobiliário, oferecendo retorno atrativo, muitas vezes isento de IR para pessoas físicas, e proteção contra a inflação. A alta no volume e na quantidade de negociações indica mais liquidez e uma base de investidores mais pulverizada, apesar do tíquete médio menor.

O semestre foi marcado por oscilações mensais, com março liderando o volume (R$ 9,6 bilhões) e quedas pontuais em fevereiro, abril e junho. Entre os destaques, a 264ª série do CRI Virgo FL Plaza Evolution movimentou R$ 1,1 bilhão, lastreada em contrato de locação com remuneração de IPCA + 5,8% ao ano.

A atratividade dos CRIs está no retorno elevado, benefícios fiscais e renda periódica, mas os riscos — como crédito do lastro, liquidez e possíveis mudanças regulatórias — exigem atenção. O crescimento do mercado secundário consolida esses títulos como peça estratégica na renda fixa, ampliando seu espaço nas carteiras de investidores qualificados.

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