O preço dos aluguéis residenciais no Brasil registrou avanço médio de 0,45% em julho, de acordo com o Índice FipeZap, que acompanha dados de 36 cidades. Apesar da alta, o resultado mostra desaceleração em relação aos meses anteriores: abril (+1,15%), maio (+0,59%) e junho (+0,51%).
Entre os tipos de imóveis, as unidades de três dormitórios puxaram o aumento no mês (+0,59%), enquanto os aluguéis de imóveis com apenas um quarto tiveram valorização menor, de 0,26%.
Na comparação com os índices de inflação, a variação do aluguel superou o IPCA, que avançou 0,26% em julho, e contrastou com o IGP-M, que registrou queda de 0,77%.
No acumulado de 2025 até julho, os aluguéis já subiram 6,13%. Nos últimos 12 meses, a valorização chega a 10,28%, superando tanto o IPCA (+5,23%) quanto o IGP-M (+2,96%). Imóveis com quatro dormitórios lideram a alta anual, com 11,33%, seguidos pelos de dois quartos, que tiveram reajuste médio de 9,90%.
O preço médio do metro quadrado de locação residencial alcançou R$ 49,46 no mês. Entre as capitais, São Paulo segue no topo do ranking, com R$ 61,63 por m², à frente de Recife (R$ 59,83 por m²) e Belém (R$ 59,40 por m²).
Apesar da valorização consistente, a rentabilidade média bruta do aluguel está em 5,93% ao ano, abaixo do retorno de investimentos conservadores. No entanto, algumas capitais oferecem ganhos mais atrativos: Recife (8,36%), Belém (8,35%) e Manaus (8,24%) lideram a lista.
Os dados reforçam a tendência de alta nos preços, ainda que em ritmo mais moderado, e indicam que a locação residencial continua superando a inflação oficial no Brasil.