O Santander iniciou a cobertura de três fundos imobiliários com recomendação de compra: Kinea Unique HY CDI (KNUQ11), Alianza Trust (ALZR11) e Mauá Capital (MCRE11). Segundo relatório assinado pelo analista Flávio Pires, os ativos combinam fundamentos sólidos, boas perspectivas de valorização em Bolsa e rendimentos atrativos para investidores.
De acordo com o banco, os segmentos de recebíveis, híbridos e hedge fund, onde se encaixam os três FIIs, devem ganhar ainda mais relevância nos próximos anos em termos de liquidez, qualidade de portfólio e valor de mercado.
KNUQ11: foco em recebíveis
O Kinea Unique se destaca pela carteira robusta, formada por 61 Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), sendo 97% indexados ao CDI. Em um ambiente de juros altos, a expectativa é de dividend yield próximo de 15% nos próximos 12 meses. O Santander também ressalta a experiência da gestão e as boas garantias dos ativos, como alienação fiduciária.
Como risco, o banco cita a elevada concentração em projetos residenciais, que representam 84% da carteira, além da exposição de 16% a um único devedor, a MRV (MRVE3).
ALZR11: portfólio diversificado
O Alianza Trust é visto como um fundo híbrido de destaque, com 23 imóveis distribuídos entre galpões logísticos, ativos de renda urbana e data centers em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Os contratos de locação de longo prazo, com vencimento médio de 9,6 anos, dão maior previsibilidade ao fluxo de receitas.
Para os próximos 12 meses, a estimativa do Santander é de dividend yield próximo de 10%, embora o banco alerte para o nível atual de alavancagem líquida, de 22%.
MCRE11: hedge fund atrativo
O fundo da Mauá Capital combina CRIs, FIIs, imóveis e crédito estruturado em sua carteira. A expectativa do Santander é de dividend yield acima de 14% em 12 meses. A instituição, porém, aponta como risco o fato de cerca de 11% do patrimônio líquido estar alocado em fundos geridos pela própria Mauá, o que pode representar conflito de interesse.