O BTG Pactual elevou o preço-alvo dos ADRs da Vale (VALE3) de US$ 10 para US$ 11, mas manteve a recomendação neutra. O banco reconhece avanços na disciplina de investimentos e na estratégia comercial da mineradora, mas avalia que o atual valuation ainda não oferece margem de segurança para recomendar compra.
Segundo o BTG, a empresa vem ajustando seu portfólio de minério de ferro para reduzir descontos e capturar prêmios de preço, com potencial de ganhos de US$ 1 a US$ 3 por tonelada – o que pode acrescentar mais de US$ 500 milhões anuais ao Ebitda. Além disso, a Vale reduziu novamente a projeção de capex para 2025, agora entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões, e deve manter o nível abaixo de US$ 6 bilhões em 2026.
A expectativa de resiliência do minério em torno de US$ 100 por tonelada e a queda da dívida líquida ajustada para até US$ 16 bilhões até o fim do ano abrem espaço para dividendos extraordinários, estimados entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão ainda em 2025.
Mesmo assim, o banco destaca que o fluxo de caixa livre projetado para 2026 deve gerar yield abaixo de 10% – patamar considerado apenas razoável e insuficiente para alterar a recomendação de neutralidade.