(Por Letícia Bogéa – Analista de Economia do Boletim Nacional)
O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve, na última quarta-feira (17), a taxa Selic em 15% ao ano, reforçando o Brasil como um dos países com juros reais mais elevados do mundo. Para o investidor, isso significa que a renda fixa continua sendo estável: títulos públicos, CDBs e debêntures oferecem retornos elevados com baixo risco.
Mas investir não é apenas proteger; é também crescer e ter um olhar mais além. E é nesse ponto que a renda variável entra. Enquanto a Selic segue em 15%, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, atinge recordes históricos, sinalizando que as empresas listadas têm conseguido se valorizar mesmo em um ambiente de juros altos. Isso mostra que há espaço para oportunidades além do conservadorismo da renda fixa.
O investidor atento entende que o jogo não é sobre “um ou outro”, mas sobre equilíbrio. Afinal, o mercado financeiro sempre vai oscilar e é preciso estarmos atentos para as oportunidades. De um lado, a previsibilidade da renda fixa garante segurança. Do outro, a exposição à Bolsa abre portas para ganhos expressivos em setores que se beneficiam de ciclos de valorização e expansão.
Mas é importante lembrar: comprar ações em baixa e saber que em determinado momento essas ações vão subir. Por isso friso nos meus artigos: não venda quando tudo estiver no vermelho, pois quando subir você irá se arrepender de ter vendido.
É importante garantir uma parte do dinheiro em investimentos seguros com juros altos e, ao mesmo tempo, aproveitar as chances de crescimento em empresas que estão se destacando no mercado.
Não se prenda apenas à Selic, pois investimento é um conjunto de fatores. O cenário atual mostra que diversificação não é apenas uma estratégia inteligente; é praticamente essencial para transformar segurança em crescimento.