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Brazilian Rare Earths anuncia captação de R$ 427 milhões com emissão de ações para ampliar projetos de terras raras

Aporte reforça presença da BRE no Brasil e impulsiona desenvolvimento estratégico do setor de terras raras no país

A mineradora australiana Brazilian Rare Earths (BRE) anunciou nesta terça-feira (14) a captação de 120 milhões de dólares australianos, o equivalente a cerca de R$ 427 milhões, em uma nova rodada de emissão de ações. O objetivo é acelerar o desenvolvimento de seus projetos de terras raras no Brasil e ampliar a atuação da companhia em um mercado considerado estratégico para a transição energética global.

Segundo comunicado divulgado ao mercado, a empresa recebeu compromissos firmes para a colocação de 25,6 milhões de novas ações ordinárias a um preço unitário de 4,68 dólares australianos, cerca de R$ 16,65 por papel. A operação representa um dos maiores movimentos de capital recente da BRE e reforça a importância do Brasil como base operacional para seus investimentos no setor.

A companhia informou que parte dos recursos captados será destinada à antecipação do cronograma de implantação da refinaria integrada de separação de terras raras que está sendo projetada em Camaçari, na Bahia. A unidade será a primeira do tipo no país e considerada peça-chave na estratégia da empresa para agregar valor à cadeia produtiva, permitindo o processamento completo dos minerais extraídos em território nacional.

Além disso, o novo aporte permitirá intensificar o avanço nos dois principais projetos em operação da mineradora no Brasil: Rocha da Rocha e Amargosa, ambos localizados no estado da Bahia. Essas áreas são apontadas como estratégicas pela empresa devido ao potencial de produção e ao papel que podem desempenhar na oferta global de elementos essenciais para setores como tecnologia, energia renovável e indústria automotiva.

Com o reforço financeiro, a Brazilian Rare Earths pretende acelerar etapas de desenvolvimento e ampliar sua presença no país, consolidando o Brasil como um dos polos emergentes na produção de terras raras fora da Ásia — mercado que, hoje, é amplamente dominado por empresas chinesas.

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