O ouro renovou seu recorde histórico nesta terça-feira (14), pela segunda sessão seguida, impulsionado pela escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e pelo enfraquecimento do dólar após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. O contrato mais negociado, com vencimento em dezembro, subiu 0,73% e fechou a US$ 4.163,40 por onça-troy na Comex, atingindo máxima intradia de US$ 4.190,90.
A valorização reflete a busca dos investidores por ativos seguros em meio ao aumento da aversão ao risco. Washington e Pequim voltaram a trocar medidas tarifárias nesta terça-feira, com a China impondo taxas adicionais sobre navios ligados aos EUA, enquanto o presidente dos EUA Donald Trump ameaçou elevar tarifas em 100% sobre produtos chineses em resposta a restrições nas exportações de terras raras.
O recuo do dólar também fortaleceu o ouro, em meio à expectativa de que os juros americanos comecem a cair. Powell indicou que o fim do programa de redução do balanço do Fed — conhecido como aperto quantitativo (QT) — pode estar próximo, citando sinais de condições de liquidez mais restritas.
O QT, iniciado em 2022, tem como objetivo reduzir o excesso de liquidez injetado nos mercados durante a pandemia por meio de compras em larga escala de títulos públicos e hipotecários. O possível encerramento do programa reforça a expectativa de uma política monetária mais flexível, cenário que tende a sustentar os ganhos do metal precioso. (Com Reuters)