O ouro voltou a subir com força nesta segunda-feira (20), atingindo cerca de R$ 4,3 mil por onça-troy. O contrato mais negociado do metal, com vencimento em dezembro, avançou 3,46% e fechou a US$ 4.359,40 na Comex (Nymex), refletindo a busca dos investidores por ativos seguros em meio à instabilidade global.
A retomada do movimento de alta foi impulsionada pela escalada de tensões no Oriente Médio, após Israel lançar novos ataques a Gaza e suspender a entrada de ajuda humanitária, o que reacendeu temores de conflito com o Hamas. Também pesaram no mercado as incertezas comerciais entre Estados Unidos e China, embora o presidente Donald Trump tenha sinalizado expectativa por um “acordo justo” com Xi Jinping.
O cenário interno norte-americano também influenciou os preços. A paralisação parcial do governo dos EUA entrou na quarta semana e segue sem solução, com negociações travadas no Congresso. Ao mesmo tempo, o mercado praticamente precifica um corte de 0,25 ponto percentual nos juros pelo Federal Reserve em 29 de outubro, movimento que tende a beneficiar ativos como o ouro.
Com o ambiente global ainda marcado por riscos geopolíticos, impasse fiscal e expectativas de política monetária mais branda nos Estados Unidos, o ouro reafirma seu papel como porto seguro e retoma a trajetória de valorização no mercado internacional.