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IPCA-15 registra 4,94% em 12 meses e fica abaixo das projeções do mercado

Prévia da inflação desacelera para 0,18% e acumula 4,94% em 12 meses; energia elétrica e alimentos puxam para baixo o índice

A prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), subiu 0,18% em outubro, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa desaceleração em relação a setembro, quando o indicador havia avançado 0,48%.

No acumulado de 2025, o IPCA-15 registra alta de 3,94%, e em 12 meses, a variação é de 4,94%. No mês anterior, os acumulados eram de 3,76% e 5,32%, respectivamente. O resultado veio abaixo das expectativas do mercado, que projetava avanço de 0,24% no mês e inflação de 5% em 12 meses.

O grupo transportes exerceu o maior impacto positivo no índice, com alta de 0,41% e contribuição de 0,08 ponto percentual. O avanço foi impulsionado por combustíveis (1,16%) e passagens aéreas (4,39%). Entre os combustíveis, o etanol subiu 3,09%, a gasolina teve alta de 0,99% e o diesel ficou praticamente estável, com leve aumento de 0,01%. Apenas o gás veicular recuou (-0,40%).

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco registraram alta em outubro: vestuário (0,45%), despesas pessoais (0,42%), saúde e cuidados pessoais (0,24%), habitação (0,16%) e educação (0,09%). Já artigos de residência (-0,64%), comunicação (-0,09%) e alimentação e bebidas (-0,02%) tiveram queda.

No grupo despesas pessoais, destacaram-se as altas de cinema, teatro e concertos (2,05%), pacotes turísticos (1,97%) e empregado doméstico (0,52%).

Em habitação, houve desaceleração expressiva — de 3,31% em setembro para 0,16% em outubro — com a energia elétrica residencial recuando 1,09%, após forte alta anterior. A mudança se deve à adoção da bandeira tarifária vermelha patamar 1. Por outro lado, gás de botijão (1,44%) e aluguel (0,95%) registraram aumento.

A alimentação no domicílio teve variação de -0,10%, influenciada pelas quedas da cebola (-7,65%), ovo de galinha (-3,01%), arroz (-1,37%) e leite longa vida (-1,00%). Já o óleo de soja (4,25%) e as frutas (2,07%) subiram. Fora de casa, a alimentação desacelerou, com o lanche passando de 0,70% para 0,42% e a refeição de 0,20% para 0,06%.

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