O Nubank tornou-se a empresa mais valiosa do Brasil, ultrapassando a Petrobras em valor de mercado neste mês. Avaliada em cerca de US$ 77 bilhões nesta terça-feira (28), a fintech supera a estatal petrolífera em US$ 2 bilhões, consolidando-se como a líder entre as companhias brasileiras listadas em bolsa.
Na Nasdaq, em Nova York, as ações do Nubank fecharam o pregão com leve baixa de 0,44%, cotadas a US$ 15,93. Já os papéis da Petrobras, negociados na B3, registraram variação positiva de 0,02%, encerrando o dia a R$ 30,01. Mesmo com o desempenho estável, a estatal não conseguiu acompanhar a valorização acumulada da fintech ao longo do ano.
Em 2025, o Nubank acumula alta de 49,86% em suas ações, enquanto a Petrobras apresenta queda de 18,44%. Na sequência do ranking das empresas mais valiosas do país aparecem o Itaú Unibanco, a Vale e o BTG Pactual. Na América Latina, a liderança continua com o Mercado Livre, da Argentina, avaliado em US$ 116 bilhões.
O avanço do Nubank no mercado reflete o fortalecimento da marca e a expansão contínua de seus serviços digitais. Em setembro, a empresa anunciou que solicitou uma licença de banco nacional nos Estados Unidos junto ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês). A aprovação permitiria à fintech oferecer produtos como contas de depósito, cartões de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais no mercado norte-americano.
Cristina Junqueira, cofundadora e diretora da Nu Holdings, assumirá a presidência da operação americana. A executiva mudou-se em definitivo para os Estados Unidos como parte da estratégia de internacionalização da companhia. O movimento é visto como um passo importante na consolidação global da fintech, que já soma mais de 100 milhões de clientes na América Latina.
O feito marca um momento simbólico para o setor financeiro brasileiro, ao colocar uma instituição digital à frente de uma das maiores estatais do país em valor de mercado.









