A Petrobras encerrou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido de US$ 6,03 bilhões, o que representa uma alta de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o resultado foi de US$ 5,89 bilhões. A receita de vendas somou US$ 23,48 bilhões, um leve crescimento de 0,5% frente aos US$ 23,37 bilhões registrados no terceiro trimestre de 2024.
O resultado foi influenciado por fatores não recorrentes, entre eles o impacto positivo de US$ 1,06 bilhão com variação cambial do real frente ao dólar. Desconsiderando esses efeitos, o lucro ajustado seria de US$ 5,23 bilhões. A estatal também obteve US$ 75 milhões com a venda de ativos durante o trimestre.
O Ebitda ajustado avançou 2,2%, alcançando US$ 11,73 bilhões, ante US$ 11,48 bilhões no mesmo período de 2024. A Petrobras registrou receita de US$ 13,7 bilhões com derivados de petróleo, queda de 2,1% em relação ao ano anterior. As vendas de diesel somaram US$ 7,1 bilhões, ligeira alta de 1,2%, enquanto a receita com gasolina caiu 1,8%, totalizando US$ 3,08 bilhões. O querosene de aviação teve recuo de 3%, para US$ 1,11 bilhão.
As vendas no mercado interno somaram US$ 16,3 bilhões, uma redução de 3,8% em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando atingiram US$ 17 bilhões. No mercado externo, houve crescimento de 11,8%, com receita de US$ 7,1 bilhões. O preço médio dos derivados no mercado doméstico ficou em US$ 84,54 por barril, queda de 4% na comparação anual.
O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Fernando Melgarejo, afirmou que a empresa vem mantendo rentabilidade mesmo diante da queda nos preços internacionais do petróleo e destacou avanços na eficiência operacional e aumento da produção do FPSO Almirante Tamandaré.
O endividamento líquido da Petrobras alcançou US$ 59,05 bilhões em setembro, alta de 0,8% em relação a junho. A alavancagem financeira medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado permaneceu em 1,53 vez, estável frente ao trimestre anterior, mas acima de 0,95 vez observada em setembro de 2024.
Os investimentos totalizaram US$ 5,51 bilhões no trimestre, avanço de 23,7% sobre o mesmo período do ano passado. Desse total, US$ 4,67 bilhões foram destinados a projetos de exploração e produção, sendo US$ 3,71 bilhões voltados ao desenvolvimento da produção, enquanto US$ 604 milhões foram aplicados em refino, transporte e comercialização.
