As ações da Suzano (SUZB3) caíam 2,03% por volta das 14h48 desta sexta-feira (7), cotadas a R$ 47,66, após a divulgação do balanço do terceiro trimestre de 2025, que mostrou lucro líquido de R$ 1,96 bilhão — queda de 39% em relação ao mesmo período do ano anterior. O BTG Pactual classificou o resultado como fraco, citando a valorização do real e a queda nos preços da celulose como fatores que pressionaram a receita.
Apesar disso, o BTG manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 73, afirmando que o desempenho já está refletido nas cotações, com as ações acumulando queda de cerca de 20% no ano. Os analistas destacaram que, após a aquisição da Kimberly-Clark, o mercado reduziu as preocupações com alocação de capital, embora ainda faltem catalisadores de curto prazo.
A Genial Investimentos também manteve visão positiva, apontando que a Suzano negocia com desconto relevante — múltiplo de 5,8x EV/Ebitda ante média histórica de 7x — e reiterou compra com preço-alvo de R$ 63,50, o que representa potencial de alta de 30,5%. Ainda assim, observou fluxo de caixa livre abaixo das expectativas, de R$ 300 milhões, cerca de 45% inferior ao projetado.
O Itaú BBA destacou o otimismo da Suzano com o cenário de custos e a perspectiva de novos reajustes de preço da celulose. A empresa prevê custo de produção abaixo de R$ 800 por tonelada em 2026 e ganhos com a alta do preço dos cavacos de madeira na China. O banco recomenda compra, com preço-alvo de R$ 70.
Já o Bank of America também manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 86, avaliando que os preços da celulose vieram acima do esperado. Segundo o BofA, os resultados operacionais foram razoáveis, sustentados pela redução de custos na celulose e pelo desempenho positivo das operações de embalagens nos Estados Unidos.









