A Hapvida (HAPV3) enfrentou forte desvalorização na B3 nesta quinta-feira (13) e recebeu mais um rebaixamento de recomendação. O BB Investimentos passou a indicação de compra para neutra, citando limitações para avanços no curto prazo e desafios relacionados ao aumento da base de beneficiários e aos reajustes necessários. O analista William Bertan destacou ainda que a expansão da rede própria, embora fortaleça a competitividade, continua pressionando custos.
Segundo o relatório, a queda das ações já vinha desde setembro, refletindo a cautela do mercado diante da compressão de margens no primeiro semestre e do aumento dos custos operacionais das unidades recém-inauguradas. Apesar do cenário adverso, o preço-alvo de R$ 50 para 2026 foi mantido, o que representa potencial de valorização superior a 50%. Nesta quinta, porém, HAPV3 recuava quase 50%, liderando as perdas do pregão; o JP Morgan e o BTG Pactual também revisaram suas avaliações.
No balanço do terceiro trimestre, a Hapvida registrou lucro líquido de R$ 338 milhões, alta anual de 4,1%. Já o Ebitda ajustado caiu 2,1%, para R$ 746,4 milhões, contribuindo para uma queima de caixa livre de R$ 51,9 milhões no período. A receita líquida somou R$ 7,8 bilhões, avanço de 6% em relação ao ano anterior.
A sinistralidade subiu para 75,2%, influenciada pelo aumento das ocorrências médicas. Para Bertan, os resultados foram considerados fracos, com desaceleração da receita líquida e retração do Ebitda tanto na comparação anual quanto trimestral.
O analista também destacou que o comportamento da sinistralidade contrariou a tendência histórica de queda no período, reforçando a percepção de pressão operacional e incertezas no curto prazo. (Com MoneyTimes)








