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Pague Menos volta ao foco da XP após 3T25 forte

Melhorias operacionais e avanço dos GLP-1 reforçam projeção positiva da XP para PGMN3

A XP retomou a cobertura das ações da Pague Menos após os resultados do terceiro trimestre de 2025, avaliados pela corretora como superiores às expectativas. A recomendação é de compra, com preço-alvo de 6 reais no fim de 2026, o que representa potencial de valorização de 22,9% em relação ao fechamento de 14 de novembro. Segundo a XP, o desempenho recente indica espaço para continuidade do avanço operacional, com estimativa de que a produtividade das lojas alcance 925 mil reais até dezembro de 2026, ante os 830 mil reais registrados no terceiro trimestre.

A corretora destaca que a companhia vem apresentando crescimento consistente nas vendas mesmas lojas por sete trimestres consecutivos, com expansão de dois dígitos desde o segundo trimestre de 2024. Na visão dos analistas, esse movimento deve persistir devido à combinação de ganhos operacionais e estratégias voltadas para reduzir a distância em relação ao benchmark do setor. A análise também aponta que a companhia deve ampliar a presença entre os clientes de cuidado contínuo, considerados relevantes por apresentarem maior frequência de compra e maior gasto médio.

A XP identifica o segmento de higiene pessoal e beleza como outra frente de potencial para melhorar a produtividade das lojas, ao lado do desempenho relacionado aos medicamentos do grupo GLP-1, como a semaglutida. A empresa é vista como bem posicionada nesse mercado por registrar ampla disponibilidade desses produtos em todos os estados avaliados. De acordo com estimativas dos analistas, os GLP-1 têm impulsionado cerca de três pontos percentuais do crescimento do mercado farmacêutico, com penetração aproximada de 8% no segundo semestre de 2025.

O relatório também projeta que a oferta dos medicamentos poderá aumentar com a expiração da patente do Ozempic no Brasil no primeiro semestre de 2026. Laboratórios nacionais já se preparam para lançar versões genéricas, o que pode, segundo a XP, ampliar o acesso ao produto e elevar a oferta. A corretora, porém, destaca que a Novo Nordisk pediu extensão da patente, argumentando atrasos na análise do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

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