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Ibovespa se aproxima dos 140 mil pontos impulsionado por gigantes da Bolsa; dólar sobe a R$ 5,46

O desempenho foi puxado por ações de grandes empresas, como Embraer, Vale e Petrobras

O Ibovespa iniciou o segundo semestre de 2025 em alta, mantendo o ritmo positivo da véspera e encerrando esta terça-feira (1º) com valorização de 0,50%, aos 139.549 pontos. O desempenho foi puxado por ações de grandes empresas, como Embraer, Vale e Petrobras. Enquanto isso, o dólar à vista também subiu 0,50%, fechando a R$ 5,4612, refletindo tanto o cenário doméstico quanto pressões do ambiente externo.

Internamente, o mercado esteve atento às tensões entre os Poderes Executivo e Legislativo em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A polêmica ganhou novo capítulo com a entrada da Advocacia-Geral da União (AGU) no Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo a validade do decreto presidencial que elevou o imposto, derrubado recentemente pelo Congresso. Segundo o advogado-geral da União, Jorge Messias, a decisão do Parlamento fere a separação dos Poderes. A ação será relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.

Apesar do embate político, o governo federal tenta reforçar a confiança no equilíbrio das contas públicas. O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que a combinação da revisão de benefícios fiscais com o novo IOF e outras medidas garantirá o cumprimento das metas fiscais de 2025 e 2026. Durante evento do Citi, em São Paulo, ele reconheceu que o ritmo do ajuste fiscal poderia ser mais rápido, mas que faltam condições políticas para isso.

No mercado acionário, a Embraer (EMBR3) liderou os ganhos após anunciar a venda de 45 jatos para a Scandinavian Airlines (SAS), com opção para mais 10 unidades. O Citi avaliou positivamente o acordo, destacando a diversificação e a robustez da carteira de encomendas da fabricante. A Vale (VALE3) também subiu, beneficiada por dados melhores que o esperado da economia chinesa, apesar da queda do minério de ferro. A Petrobras (PETR3; PETR4) teve leve alta, acompanhando a valorização do petróleo Brent, que subiu 0,55%, a US$ 67,11 o barril.

No cenário internacional, os mercados americanos fecharam mistos após recentes recordes. O índice Dow Jones subiu 0,91%, enquanto o S&P 500 caiu 0,11% e a Nasdaq recuou 0,82%, impactada por perdas em ações de tecnologia. A Tesla liderou as quedas após novo atrito entre Elon Musk e o presidente dos EUA, Donald Trump, que questionou subsídios recebidos por empresas do bilionário. O Senado americano aprovou o plano orçamentário “Beautiful Bill”, que projeta aumento de US$ 3,3 trilhões no déficit fiscal e aguarda votação final na Câmara.

Na Ásia, os mercados fecharam em baixa com cautela diante da incerteza sobre tarifas propostas por Trump. O índice Nikkei, do Japão, recuou 1,24%, enquanto Hong Kong não teve pregão. Na Europa, os índices também oscilaram sem direção clara, com o Stoxx 600 caindo 0,18%, influenciado por dados de inflação da zona do euro, que recuou para 2% em junho — dentro da meta do BCE. A presidente da instituição, Christine Lagarde, ressaltou que, apesar do avanço, o cenário ainda exige prudência.

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