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Cemig (CMIG4): por que o Bradesco BBI elevou a recomendação mesmo prevendo queda nas ações?

Apesar da melhora na recomendação, o preço-alvo foi mantido em R$ 10 para o fim de 2025, abaixo da cotação atual de R$ 10,84, o que indica um potencial de queda

O Bradesco BBI elevou sua recomendação para as ações da Cemig (CMIG4) de “venda” para “neutra”, avaliando que o atual nível de preços apresenta um equilíbrio melhor entre risco e retorno. O banco destaca ainda o dividend yield atrativo da companhia, estimado em cerca de 8% ao ano. Apesar da melhora na recomendação, o preço-alvo foi mantido em R$ 10 para o fim de 2025, abaixo da cotação atual de R$ 10,84, o que indica um potencial de queda.

Segundo os analistas Francisco Navarrete e Ricardo França, a mudança se baseia em três pontos principais: o valuation mais razoável da companhia, com taxa interna de retorno de 10% em linha com outras do setor; o bom rendimento esperado em dividendos entre 2025 e 2028; e a possibilidade, ainda que remota, de retomada das discussões sobre a privatização.

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais deve votar a retirada da exigência de referendo popular para a venda de estatais como Cemig, Copasa e Gasmig. Embora a privatização da Cemig seja considerada improvável, a eventual venda da Gasmig pode gerar valorização para os acionistas.

Por outro lado, o banco alerta para os riscos da exposição da Cemig ao mercado livre de energia. No segundo trimestre de 2025, o impacto estimado dessa exposição é de R$ 80 milhões, por conta da diferença entre os preços de energia nas regiões Nordeste e Sudeste. (Com MoneyTimes)

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