O volume de serviços no Brasil cresceu 0,1% em maio, quarto avanço mensal seguido, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (11). O resultado veio abaixo da projeção de 0,2% da Reuters, mas confirma a resiliência do setor mesmo com juros elevados e cenário de desaceleração econômica.
Na comparação anual, o setor subiu 3,6%, superando levemente a expectativa de 3,5% e igualando o recorde histórico da série, registrado em outubro de 2024. O desempenho tem sido sustentado por um mercado de trabalho aquecido e estímulos à demanda, apesar da Selic elevada a 15%.
O principal destaque de maio foi o avanço de 0,9% nos serviços profissionais, administrativos e complementares, que acumulam alta de 2,9% em quatro meses. Também contribuíram os segmentos de outros serviços (+1,5%) e informação e comunicação (+0,4%).
Na contramão, transportes caíram 0,3%, afetados por retração na logística e no transporte marítimo, e os serviços prestados às famílias recuaram 0,6%.
Segundo analistas, o setor segue robusto, impulsionado por áreas menos sensíveis ao ciclo econômico, como tecnologia da informação, que responde por mais de um terço da alta em 12 meses. Já serviços ligados à renda familiar mostram perda de fôlego. A projeção do Inter é de alta de 2,5% no setor em 2025. (Com Reuters)