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Itaú adia corte da Selic para 2026, mas revela dois fatores que podem mudar o jogo

As projeções para o PIB seguem em 2,2% em 2025 e 1,5% em 2026

O Itaú prevê que o Banco Central só deve iniciar o corte da Selic no primeiro trimestre de 2026, com a taxa encerrando o ano em 12,75%. Para o banco, a combinação de inflação acima da meta, incertezas globais e os efeitos defasados da política monetária justificam a manutenção dos juros elevados por mais tempo. Apesar disso, o Itaú vê como improvável uma nova alta, considerando o atual cenário econômico.

A instituição destaca que o próprio BC pode ter subestimado o ritmo de desaceleração da economia, o que pode levar a revisões nas projeções de inflação. Dois fatores, no entanto, poderiam antecipar o início dos cortes ainda em 2025: uma valorização expressiva do real ou uma desaceleração mais forte da atividade econômica.

O Itaú revisou para baixo a projeção de inflação de 2025, de 5,3% para 5,2%, com queda nos preços de alimentos e impacto da redução de IPI sobre automóveis. Para 2026, a estimativa foi mantida em 4,4%, com destaque para a pressão do mercado de trabalho sobre os preços.

As projeções para o PIB seguem em 2,2% em 2025 e 1,5% em 2026. O banco também manteve o câmbio em R$ 5,65 para os dois anos, mas alertou que as tarifas de 50% impostas pelos EUA às exportações brasileiras aumentam a incerteza sobre o desempenho do real e das vendas externas.

 

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