O Itaú projeta que o Banco Central só deve iniciar o corte da taxa Selic no primeiro trimestre de 2026, diante do atual cenário macroeconômico. Segundo o economista-chefe da instituição, Mário Mesquita, os juros devem permanecer altos por mais tempo. Na última reunião do Copom, em 18 de junho, a Selic foi elevada para 15% ao ano, encerrando o ciclo de alta.
No entanto, dois fatores podem antecipar esse movimento. O primeiro seria uma valorização expressiva do real frente ao dólar, o que ajudaria a conter a inflação, hoje acima da meta. O segundo seria uma desaceleração econômica mais rápida que o previsto, diante do fraco impacto esperado do novo programa de crédito consignado privado.
A próxima reunião do Copom ocorre em 30 de julho, e o mercado espera manutenção da Selic em 15%. O foco estará no tom do comunicado, que pode indicar quando o ciclo de cortes começará. A sinalização será crucial para os investidores ajustarem suas estratégias.