O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deve manter a taxa Selic em 15% na reunião de julho, segundo projeções da Warren Investimentos. A decisão reforçaria a estratégia de garantir a convergência da inflação para o centro da meta, mantendo o juro em nível considerado suficientemente contracionista.
A expectativa de manutenção já é amplamente precificada pelo mercado, que volta suas atenções para o tom do comunicado e possíveis sinais sobre o início do ciclo de cortes. “O Copom deve reiterar que os efeitos do aperto monetário rápido e intenso ainda estão em curso, adotando postura prudente e indicando que a Selic precisa permanecer em patamar restritivo por um período prolongado”, destaca a Warren.
Nos cenários analisados pela gestora, a autoridade monetária só deve iniciar reduções na taxa básica após o primeiro trimestre de 2026. A projeção considera os sinais recentes de moderação da atividade econômica e a melhora nos indicadores de inflação, especialmente nos núcleos, que apresentaram composição mais favorável nos últimos meses.
Além do quadro doméstico, a conjuntura internacional e o cenário fiscal seguem no radar do Banco Central. O Copom pode avaliar o impacto das tarifas comerciais anunciadas pelos Estados Unidos — que incluem medidas contra produtos brasileiros — e seus reflexos sobre inflação, câmbio e crescimento. No campo fiscal, a expectativa é de manutenção do diagnóstico anterior, com ênfase nos desafios estruturais do orçamento e na necessidade de reduzir gastos tributários para garantir sustentabilidade da dívida pública.