O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, registrou alta de 0,33% em julho, após avanço de 0,26% em junho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (25) pelo IBGE. A principal pressão veio do aumento na conta de luz, enquanto os preços dos alimentos caíram pelo segundo mês consecutivo.
O resultado veio em linha com as projeções do mercado financeiro, que estimavam alta de 0,3% para o mês, de acordo com mediana das projeções coletadas pela Bloomberg. O intervalo das estimativas variava de 0,2% a 0,36%.
Com o desempenho de julho, o IPCA-15 acumula elevação de 5,3% em 12 meses, levemente acima dos 5,27% registrados até junho e permanecendo acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central, que é de 4,5%. O centro da meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O IPCA-15 é calculado com base em um período de coleta que vai da segunda metade do mês anterior até a primeira quinzena do mês de referência — neste caso, de 14 de junho a 15 de julho. O dado serve como sinalização para o IPCA cheio, que será divulgado em 12 de agosto.
Segundo o boletim Focus mais recente, divulgado pelo Banco Central, o mercado projeta inflação acumulada de 5,1% para 2025. Apesar de oito semanas consecutivas de revisões para baixo, a estimativa segue acima do teto da meta contínua de 4,5% definida pelo BC, que passou a adotar esse modelo em janeiro deste ano.
Essa nova metodologia considera descumprida a meta quando o índice fica fora do intervalo de tolerância por seis meses seguidos, independentemente do ano-calendário. Em junho, o IPCA já havia estourado esse limite pela primeira vez.
