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Tensão com EUA acende alerta: qual o impacto nas carteiras de Fiagros e CRAs do agronegócio?

Marcelo Winter orienta investidores a revisar os CRAs e sua exposição a contratos de exportação para ajustar riscos

A ameaça de tarifas de 50% anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, preocupa o agronegócio brasileiro, especialmente fundos Fiagros e Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs). Esses ativos, baseados em contratos e recebíveis do setor, podem sofrer impacto direto caso as exportações sejam afetadas.

Segundo Marcelo Winter, advogado especializado em Direito do Agronegócio e sócio da VBSO, a medida pode reduzir margens de exportadoras, levar a renegociações contratuais e aumentar riscos de inadimplência ou judicialização. Como muitos Fiagros investem majoritariamente em CRAs de empresas exportadoras, um choque tarifário também pode comprometer esses fundos e travar novas emissões.

Winter recomenda que investidores avaliem a composição dos CRAs e a exposição a contratos de exportação, para ajustar o risco das carteiras. O governo brasileiro segue negociando com os EUA para tentar adiar ou reduzir a tarifa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. Apesar da tensão política, o advogado vê espaço para solução diplomática, destacando que a medida pode encarecer produtos para o próprio consumidor norte-americano.

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