A Microsoft se tornou a segunda empresa da história a superar o valor de mercado de US$ 4 trilhões, um marco alcançado após a divulgação de resultados trimestrais acima das expectativas do mercado. A façanha, registrada na quarta-feira (30), ocorre pouco tempo depois da Nvidia ter sido a primeira companhia a atingir essa cifra, reforçando a disputa das gigantes da tecnologia pelo topo do mercado global.
O desempenho financeiro da Microsoft foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento acelerado do Azure, sua plataforma de computação em nuvem, que registrou aumento de 39% nas vendas, superando as projeções de 34% feitas por analistas. A empresa também anunciou um plano recorde de investimentos: mais de US$ 30 bilhões serão destinados ao próximo trimestre, sinalizando sua intenção de ampliar a liderança no setor de inteligência artificial, área que vem redefinindo a competição entre as big techs.
A reação positiva do mercado foi imediata. Antes mesmo da abertura regular da Bolsa, as ações da Microsoft avançavam 9% no pré-mercado, e mantiveram alta de mais de 5% após o início do pregão. O movimento coroa uma recuperação expressiva: desde abril, quando os papéis foram pressionados por temores relacionados a tarifas impostas pelos Estados Unidos, as ações já acumulam valorização de cerca de 45%, atingindo máximas históricas.
Especialistas ressaltam que o desempenho da empresa reflete não apenas a força da Azure, mas também a solidez do ecossistema de softwares corporativos da companhia. “A Microsoft se consolidou como o sistema operacional dos negócios globais. É praticamente insubstituível — todo o ambiente corporativo opera sobre Word, Excel e Outlook”, disse Kim Forrest, diretora de investimentos da Bokeh Capital Partners, em entrevista à Bloomberg.
A diretora financeira da Microsoft, Amy Hood, afirmou durante conferência com analistas que a companhia projeta crescimento de receita de dois dígitos no ano fiscal e espera que o Azure mantenha um ritmo robusto, com avanço de cerca de 37% no próximo trimestre. Esses números confirmam a posição de liderança da empresa na corrida da inteligência artificial e sinalizam um horizonte otimista para investidores.
Entre as chamadas “Sete Magníficas” da tecnologia, as ações da Microsoft figuram como as segundas mais valorizadas em 2025, atrás apenas da Nvidia. O otimismo é quase unânime em Wall Street: de 72 analistas que acompanham o papel, 65 recomendam compra e apenas um sugere venda, segundo dados compilados pela Bloomberg.
