A Vale reportou lucro líquido de R$ 12,1 bilhões no segundo trimestre de 2025, resultado 17% inferior ao registrado no mesmo período de 2024. A queda foi provocada principalmente pela redução de 13% no preço médio de venda do minério de ferro, seu principal produto, que passou a ser comercializado a US$ 85,1 por tonelada. Ainda assim, a mineradora anunciou que distribuirá cerca de R$ 8 bilhões em dividendos aos acionistas. No acumulado do ano, o lucro soma R$ 20,2 bilhões, queda de 12% em relação ao primeiro semestre do ano anterior.
A receita líquida da companhia encolheu 4% na comparação anual, totalizando R$ 49,8 bilhões, enquanto o Ebitda ajustado recuou 8%, para R$ 19,1 bilhões. Apesar da retração nos preços, a produção de minério de ferro cresceu 4% e atingiu 83,5 milhões de toneladas, impulsionada pelo desempenho da mina de Brucutu, em Minas Gerais, e pelo recorde histórico de produção no projeto S11D, no Pará. Já a produção de pelotas recuou 12%, para 7,9 milhões de toneladas, e as vendas totais de minério caíram 3%, somando 77,3 milhões de toneladas, com foco em produtos de teor médio.
Por outro lado, o desempenho das divisões de metais básicos ajudou a compensar parte da queda nas receitas. A produção de cobre aumentou 18% no trimestre, alcançando 92,6 mil toneladas — maior volume desde 2019. No caso do níquel, a produção saltou 44%, para 40,3 mil toneladas, registrando o melhor segundo trimestre desde 2021.