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Tesouro Direto bate recorde histórico de vendas em julho

Tesouro Direto bate recorde em julho, com R$ 7,26 bilhões vendidos e juros altos impulsionam procura por títulos atrelados à Selic

As vendas de títulos públicos pelo Tesouro Direto voltaram a surpreender em julho e atingiram o maior valor já registrado para o mês. Segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta terça-feira (26), foram comercializados R$ 7,26 bilhões em papéis, alta de 25,9% em relação a junho e de 12,9% frente ao mesmo período do ano passado.

Apesar do desempenho expressivo, o recorde absoluto continua sendo o de março de 2025, quando as vendas alcançaram R$ 11,6 bilhões. O cenário atual é fortemente influenciado pela taxa básica de juros em 15%, maior nível desde 2006, o que tem ampliado a atratividade dos títulos atrelados à Selic. Esses papéis responderam por quase 53% das aquisições no mês.

Os títulos indexados ao IPCA, beneficiados pela inflação ainda elevada, representaram 36,2% das vendas, enquanto os prefixados ficaram com 10,9%. Outro dado que chama atenção é a preferência dos investidores por prazos mais curtos: títulos com vencimento de até cinco anos responderam por 39,4% das compras. Aqueles de cinco a dez anos somaram 40%, enquanto os papéis de prazo superior a dez anos representaram 20,5%.

O programa também continua crescendo em número de investidores. Ao fim de julho, o Tesouro Direto somava 32,98 milhões de cadastros, após a entrada de 253,6 mil novos participantes apenas no mês. No acumulado de 12 meses, houve avanço de 12,6%.

Outro destaque é o peso dos pequenos investidores. Transações de até R$ 5 mil representaram 79,3% do total de quase 1 milhão de operações realizadas em julho, mostrando que o programa segue atraindo principalmente quem busca aplicações acessíveis. O valor médio por operação foi de R$ 7.494,38.

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