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Evasão fiscal em combustíveis deve atingir R$ 10 bi até setembro, aponta ICL

Sonegômetro revela perdas anuais acima de R$ 14 bi, somadas a fraudes que superam R$ 30 bi

O Brasil deve ultrapassar a marca de R$ 10 bilhões em evasão fiscal no setor de combustíveis no acumulado de janeiro a setembro deste ano, segundo dados do Sonegômetro, ferramenta do Instituto Combustível Legal (ICL) que mede em tempo real a perda de arrecadação no segmento.

O índice, baseado em estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), tem apontado rombos superiores a R$ 14 bilhões anuais em sonegação e inadimplência.

Somente no primeiro semestre de 2025, as perdas com sonegação já haviam passado de R$ 7 bilhões, tendência que deve se intensificar até o fim do ano. Quando somadas a fraudes operacionais, como adulteração de combustíveis, lavagem de dinheiro e contrabando, as perdas anuais do setor ultrapassam R$ 30 bilhões, de acordo com o ICL.

Criado em 2020, o Sonegômetro completa cinco anos em 2025 e tem sido usado como instrumento de pressão para endurecer a fiscalização e o combate a irregularidades. Para o presidente do instituto, Emerson Kapaz, o enfrentamento à sonegação é vital para o equilíbrio do mercado. “O combate efetivo à sonegação é fundamental para garantir justiça fiscal, fortalecer o setor formal e proteger o consumidor”, afirmou.

Apesar dos números bilionários em evasão e fraudes, o clima no setor de distribuição é de otimismo. O CEO da Ipiranga, Leonardo Linden, afirmou a investidores na última sexta-feira que espera reportar crescimento no volume de vendas em agosto e setembro. O resultado é atribuído à Operação Carbono Oculto, que revelou ligações de distribuidoras de combustíveis com o crime organizado e provocou mudança no comportamento de consumidores, que passaram a privilegiar marcas de maior confiança.

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