Dolarizar parte da carteira deixou de ser tendência e se tornou estratégia essencial. O real, historicamente instável, já enfrentou hiperinflação, trocas de padrão monetário e crises fiscais, enquanto o dólar manteve o papel de ativo seguro global, hoje presente em 60% das reservas internacionais. Por isso, manter parte do patrimônio atrelado à moeda americana funciona como blindagem contra choques locais e volatilidade macroeconômica.
Mais do que proteção, investir em dólar significa acessar mercados e setores que não existem no Brasil. O mercado imobiliário americano, avaliado em US$ 33,6 trilhões, já está disponível a brasileiros com aportes a partir de R$ 10 mil e rentabilidade estimada em 20% ao ano. Outro exemplo é o mercado de ativos judiciais nos EUA, que movimenta mais de US$ 60 bilhões anuais, abrindo espaço para investimentos alternativos de alta liquidez e governança.
Com plataformas que democratizam o acesso, a diversificação internacional deixou de ser restrita a grandes fortunas e hoje está ao alcance do investidor de varejo. Assim, dolarizar não é especulação cambial, mas um movimento estratégico para ampliar oportunidades, participar dos fluxos globais de riqueza e reduzir a dependência de um mercado doméstico limitado e vulnerável.