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Aversão ao risco impulsiona ouro acima de US$ 4,3 mil e marca quinta alta seguida

O ouro rompeu a marca histórica de US$ 4.300 por onça-troy em meio à fuga global do risco e às apostas de corte de juros nos EUA, consolidando-se como principal refúgio dos investidores

O ouro encerrou esta quinta-feira (16) em alta pela quinta sessão consecutiva e superou pela primeira vez na história o patamar de US$ 4.300 por onça-troy, impulsionado pela fuga global ao risco e pela expectativa de corte de juros nos Estados Unidos. O contrato mais negociado, com vencimento em dezembro, avançou 2,45% e fechou a US$ 4.304,60 na Comex, atingindo máxima intradia de US$ 4.314,70.

O rali reflete o aumento da aversão ao risco em Wall Street, com temores no setor de crédito após perdas bilionárias em bancos regionais, o prolongamento do shutdown do governo norte-americano e tensões comerciais com a China. Esses fatores reforçaram a busca por ativos de proteção e elevaram as apostas de que o Federal Reserve reduzirá a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual na reunião de 29 de outubro.

A queda do dólar também contribuiu para o avanço do metal, considerado um dos principais refúgios em momentos de instabilidade econômica. A percepção de que a economia dos Estados Unidos começa a perder fôlego, com sinais de desaceleração no mercado de trabalho e indicadores mistos de atividade, intensificou o movimento de realocação de recursos em direção ao ouro.

Além disso, a possibilidade de uma política monetária mais flexível fortaleceu a tese de valorização dos metais preciosos, que tendem a ganhar atratividade em ambientes de juros mais baixos. Analistas apontam que, se os sinais de fragilidade econômica se mantiverem e a tensão geopolítica continuar elevada, o ouro pode renovar máximas nos próximos meses e consolidar-se acima do patamar histórico atual.

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