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Ibovespa rompe a marca histórica de 150 mil pontos; dólar recua em meio à expectativa pela decisão do Copom

Dólar recua para a faixa de R$ 5,35 e o Ibovespa rompe os 150 mil pontos pela primeira vez. A valorização foi puxada por Petrobras e bancos, em meio à expectativa pela decisão do Copom

O Ibovespa superou nesta segunda-feira (3) a marca histórica de 150 mil pontos, impulsionado por ações de Petrobras e bancos, em meio à expectativa pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que deve manter a Selic em 15% nesta quarta-feira. Às 13h, o índice subia 0,57%, aos 150.391 pontos, com volume projetado de R$ 13,9 bilhões. O otimismo também reflete a perspectiva de início do ciclo de cortes de juros no primeiro trimestre de 2026.

As ações da Petrobras avançavam após a Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgar alta de 12,7% na produção de petróleo e gás em setembro. O BTG Pactual manteve visão positiva para a estatal, destacando crescimento de 17% na produção anual e expectativa de fluxo de caixa sólido, mesmo com a volatilidade do Brent. Já os bancos registravam ganhos antes da divulgação de resultados: Itaú subia 1,53%, BTG 0,70%, Banco do Brasil 0,37% e Bradesco 1,49%.

Segundo a XP, o rali do Ibovespa em 2025 — alta de 24,5% em reais e 42,7% em dólares — é impulsionado por fatores globais, em linha com o avanço de 33,6% do MSCI de emergentes e 45% da América Latina. A corretora ressalta que o desempenho do índice é sustentado pela valorização dos múltiplos e pelo apetite global por risco, enquanto o crescimento dos lucros corporativos ainda segue modesto.

Dólar recua

O real teve mais um dia de valorização nesta segunda-feira (3), ficando entre as moedas com melhor desempenho global ao lado do peso mexicano. O dólar recuou 0,38%, cotado a R$ 5,3595, enquanto o euro caiu 0,45%, a R$ 6,1726.

O movimento contrasta com o cenário externo, onde o índice DXY se manteve estável em torno dos 100 pontos. Às vésperas da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o diferencial de juros doméstico segue como principal fator de atração para investidores, que esperam uma postura conservadora do Banco Central em relação à Selic.

Segundo o estrategista-chefe do Deutsche Bank, Drausio Giacomelli, o “carry trade” — estratégia que aproveita os juros altos no Brasil — continua sustentando o otimismo com o real. Ele destacou o efeito positivo do recente encontro entre Lula e Trump, que teria reduzido o risco de tensões econômicas. O banco alemão mantém aposta na valorização da moeda brasileira, com alvo de R$ 5,25 por dólar.

Gestores locais avaliam que a valorização do real também reflete uma recuperação após a pressão de fim de mês e apontam fatores políticos domésticos como possíveis impulsos adicionais. Um deles cita a melhora da percepção sobre a segurança pública após a operação no Rio de Janeiro, o que teria trazido algum alívio ao sentimento de risco e animado investidores no curto prazo.

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