A XP Investimentos realizou ajustes em sua carteira recomendada de ações para novembro, promovendo alterações pontuais com foco em setores considerados mais resilientes diante do cenário atual. O principal movimento foi a retirada do Grupo Mateus (GMAT3), substituído pela entrada da Gerdau (GGBR4), que passa a integrar o portfólio com peso de 5%.
De acordo com o relatório, a exclusão do Grupo Mateus se deve a perspectivas mais fracas de curto prazo, com sinais de desaceleração nas tendências de receita e possível impacto na margem Ebitda. Apesar disso, a XP destacou que mantém visão positiva sobre o potencial de crescimento da varejista no longo prazo.
A inclusão da Gerdau reflete a avaliação de que a companhia vive um momento favorável, especialmente na divisão da América do Norte, impulsionada por sinais consistentes de demanda e por recentes anúncios de aumento de preços no segmento de aço. O movimento, segundo os analistas, reforça o foco da carteira em empresas com fundamentos sólidos e exposição internacional equilibrada.
A XP também aumentou a alocação em Smart Fit (SMFT3) de 5% para 10%, apontando otimismo com o desempenho da rede de academias. A corretora vê potencial de expansão sustentado por um histórico sólido de crescimento e tendências estruturais positivas para o setor de bem-estar e saúde.
Cyrela (CYRE3) teve aumento semelhante de peso, passando de 5% para 10%. A gestora avalia que a construtora mantém resiliência operacional e deve se beneficiar do fechamento da curva longa de juros, além do potencial de distribuição de dividendos em 2025. “Mantemos uma visão construtiva sobre o case, tendo em vista a resiliência operacional da companhia e o bom potencial de pagamento de dividendos”, destacou o relatório.
Por outro lado, Motiva (MOTV3) teve sua participação reduzida de 10% para 5%. A decisão foi motivada pelo rali recente dos papéis, que, segundo a XP, já precificou em grande parte as expectativas do mercado em torno da possível venda da plataforma de aeroportos.
Em outubro, a carteira da XP registrou retorno de 1,8%, ligeiramente abaixo do desempenho do Ibovespa, que avançou 2,3% no período. Apesar da diferença, os analistas reiteram confiança na estratégia diversificada e nas perspectivas positivas para os ativos selecionados, com ajustes voltados à preservação de ganhos e aproveitamento de oportunidades táticas.








