A operadora Oi alertou a Justiça sobre o risco de entrar em estado de insolvência, em manifestação encaminhada nesta sexta-feira (7) à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. O documento, assinado pelo gestor judicial Bruno Rezende, indica que a companhia pode não ter condições de arcar com seus compromissos financeiros fora do processo de recuperação judicial, conhecidos como dívidas extraconcursais, nem de cumprir o plano de reestruturação atualmente em vigor.
De acordo com o texto protocolado nos autos, o Grupo Oi enfrenta limitações severas de caixa que comprometem tanto o pagamento de credores quanto a adoção de medidas para equilibrar suas finanças. Rezende afirmou que, diante desse cenário, existe a possibilidade de a empresa não conseguir sustentar suas operações sem uma intervenção judicial mais profunda.
A manifestação foi apresentada pouco mais de um mês após a Justiça afastar a antiga diretoria e o conselho de administração, nomeando Bruno Rezende como gestor judicial. A decisão, tomada pela 7ª Vara Empresarial do Rio no fim de setembro, concentrou na figura do administrador judicial a responsabilidade pela condução operacional e financeira da empresa.
O gestor também solicitou ao juízo autorização para que, caso a Justiça decrete a liquidação judicial do grupo, a Oi possa manter suas atividades temporariamente. O objetivo seria assegurar a continuidade dos serviços prestados até a efetiva transição das operações, de modo a evitar interrupções no fornecimento de telefonia e internet a milhões de clientes em todo o país.
A Oi, que atravessa sucessivos processos de reestruturação desde 2016, enfrenta novo impasse financeiro em meio à dificuldade de cumprir as etapas de seu plano de recuperação e aos desafios do setor de telecomunicações. A manifestação apresentada nesta sexta-feira reforça a gravidade da situação e antecipa um dos momentos mais críticos da história recente da companhia.









