A XP Inc. apresentou novos avanços operacionais e financeiros no terceiro trimestre de 2025, em um período marcado pelo aumento da base de clientes, pela expansão da receita em diferentes segmentos e pela manutenção de indicadores de rentabilidade elevados. A companhia divulgou lucro líquido ajustado de R$ 1,33 bilhão, resultado que representa crescimento de 12% em relação ao mesmo intervalo do ano anterior e estabelece um novo recorde trimestral. A evolução ocorreu em linha com a estratégia de fortalecimento do modelo de negócios e foi acompanhada por aumento do lucro por ação, movimento influenciado pela continuidade das recompras e cancelamentos de ações.
Nos indicadores de rentabilidade, a empresa manteve estabilidade. O retorno sobre o patrimônio líquido tangível anualizado atingiu 28% em termos ajustados, nível próximo ao observado um ano antes, enquanto o retorno sobre o patrimônio líquido anualizado permaneceu em 23%. A XP enfatiza que o ROTE captura de forma mais precisa a estrutura operacional da companhia, dada a característica de seus ativos e a natureza de seu modelo de prestação de serviços financeiros.
O desempenho da receita bruta também foi positivo. O total registrado no trimestre chegou a R$ 4,9 bilhões, avanço de 9% na comparação anual, apoiado principalmente pelo crescimento do atacado e pela ampliação das iniciativas de cross-sell no varejo. O varejo respondeu por R$ 3,7 bilhões, aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2024, com destaque para novas verticais e o desempenho robusto das áreas de seguros, previdência e crédito. No trimestre, o cross-sell avançou 21% em seguros, 24% em previdência e 11% em crédito.
Ao final de setembro, os ativos totais de clientes, considerando ativos sob gestão e ativos sob administração, alcançaram R$ 1,9 trilhão, representando expansão de 16% em um ano. Esse avanço reflete tanto a captação líquida — acumulada em R$ 91 bilhões no período de 12 meses — quanto o efeito da valorização de mercado, que contribuiu com R$ 63 bilhões. No trimestre, a captação líquida somou R$ 29 bilhões, sendo R$ 20 bilhões provenientes do varejo.
A XP passou a incluir, desde 2025 e de forma retroativa ao primeiro trimestre de 2024, os ativos relacionados a clientes institucionais em seu total consolidado. A companhia também passou a separar a divulgação entre ativos sob gestão e ativos sob administração, buscando maior precisão na comunicação com o mercado.
A base de clientes ativos atingiu 4,8 milhões, enquanto a rede de profissionais de investimentos fechou o trimestre com 18,2 mil integrantes. Segundo a empresa, o avanço na integração de tecnologia, dados e relacionamento individualizado tem permitido aumentar a eficiência e a adequação das recomendações aos perfis dos investidores. Sistemas de CRM e ferramentas analíticas têm sido centrais nesse processo, proporcionando visão unificada das informações e contribuindo para maior produtividade da rede de assessores.
A adoção do modelo de fee fixo também continuou crescendo. No trimestre, aproximadamente 21% dos ativos de varejo estavam enquadrados nesse formato, que substitui gradualmente o modelo baseado em comissionamento por produtos. A XP afirma que o avanço do fee based contribui para maior previsibilidade de receitas e alinhamento de interesses entre assessores e clientes.
No segmento de atacado, a receita chegou a R$ 729 milhões, aumento de 32% no comparativo anual, impulsionada principalmente pelas atividades de Corporate & Issuer Services. Além disso, a empresa manteve a liderança no mercado de broker dealer, com participação de 17%, e ficou em quarto lugar na distribuição de renda fixa, beneficiada pela melhora das condições de mercado ao longo do trimestre.
A XP fechou o período com índice de Basileia de 21,2%, patamar que reflete, segundo a empresa, disciplina na gestão de capital e capacidade de continuar investindo na ampliação de suas iniciativas estratégicas. Em comunicado, o CFO Victor Mansur destacou que os resultados reforçam a consistência do modelo operacional e o foco em crescimento com rentabilidade.
Além dos resultados, a empresa anunciou um novo programa de recompra de ações no valor de R$ 1 bilhão e o pagamento de R$ 500 milhões em dividendos a serem distribuídos ainda em 2025.








