A Procter & Gamble PG registrou uma diminuição de 2,60% e sinalizou até US$ 2,5 bilhões em encargos de reestruturação para suas operações internacionais, além de um prejuízo por ativos adquiridos com a compra da Gillette em 2005.
A empresa de produtos de consumo, em um arquivo regulatório na terça-feira, disse que espera registrar encargos de entre US$ 1 bilhão e US$ 1,5 bilhão após impostos para a reestruturação de um portfólio limitado, principalmente de certas operações em seu braço de mercados empresariais, incluindo Argentina e Nigéria.
Os encargos incluem perdas de conversão de moeda estrangeira que espera reconhecer na liquidação de operações nos mercados afetados. A empresa estimou que a grande maioria dos encargos será considerada não monetária.
A P&G prevê que os encargos serão reconhecidos nos anos fiscais que terminam em meados de 2024 e 2025, com encargos iniciais reconhecidos nos últimos três meses deste ano, embora o cronograma de conclusão desse programa de reestruturação ainda não tenha sido determinado.
Além disso, a empresa disse que, como parte de seus esforços de reestruturação, registrará um prejuízo de cerca de US$ 1,3 bilhão nos três meses até 31 de dezembro em ativos intangíveis adquiridos com o negócio da Gillette.
O prejuízo está relacionado à redução no valor justo estimado do ativo intangível de vida indefinida da Gillette, devido a uma taxa de desconto mais alta, enfraquecimento de várias moedas em relação ao dólar dos EUA e o impacto do programa de reestruturação, disse a P&G. O prejuízo ajusta o valor contábil do ativo intangível da Gillette para seu valor justo.
A P&G afirmou que o desempenho subjacente do negócio da Gillette permanece forte, mas futuras mudanças adversas no negócio ou no ambiente macroeconômico podem levar a um novo prejuízo.
Ao todo, a P&G espera encargos totais de cerca de US$ 2 bilhões a US$ 2,5 bilhões após impostos durante os períodos, que serão reportados como encargos não principais.