Os ETFs (fundos de índice) nos Estados Unidos atraíram US$ 411 bilhões no primeiro semestre deste ano, conforme levantamento da State Street Global Advisors. Esse valor é comparável ao Produto Interno Bruto (PIB) de São Paulo em 2023. Se essa tendência continuar, o setor pode atingir um novo recorde de US$ 1 trilhão até o final de 2024, superando o recorde anterior de US$ 911 bilhões registrado em 2021.
Os analistas sugerem que investir em ETFs pode ser uma boa estratégia para investidores iniciantes no mercado internacional devido a várias vantagens, como a redução do risco, baixo custo e diversificação. No entanto, esses fundos podem não ser ideais para investidores que desejam focar em ações individuais com alto potencial de valorização.
Nos EUA, os novos investimentos foram direcionados principalmente para ETFs de ações de crescimento e ETFs setoriais com foco em tecnologia. Em contraste, houve retiradas significativas de fundos com baixa volatilidade. A pesquisa também revelou um aumento no interesse por ETFs com gestão ativa, que atraíram US$ 130 bilhões nos primeiros seis meses do ano, quase o total registrado em todo o ano passado.
Os fundos de renda fixa gerenciados também se destacaram, com um fluxo de US$ 118 bilhões no primeiro semestre de 2023, sendo US$ 25 bilhões apenas em junho. Matthew Bartolini, head de research de SPDRs na State Street Global Advisors, destacou que o principal fator impulsionador é o ambiente de mercado com alta volatilidade das taxas, favorável à gestão ativa.
Os ETFs têm ganhado mais atenção dos investidores de varejo, especialmente dos jovens, devido a mudanças regulatórias feitas pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) em 2019. Essas mudanças modernizaram a regulamentação dos fundos de índice, facilitando o lançamento de novos produtos financeiros e tornando-os mais acessíveis ao público.