Golpes pelo PIX podem ultrapassar mais de R$ 3 bilhões no Brasil até 2027

A educadora financeira, Aline Soaper, alerta que a transação é prática e ágil, mas exige atenção por parte dos usuários

Segundo pesquisa da ACI Worldwide, em parceria com a GlobalData, o total de perdas com golpes aplicados pelo PIX deve ultrapassar cerca de R$ 3,7 bilhões no Brasil até 2027. Nessas fraudes os criminosos coagem a vítima a fornecer as senhas ou realizar transferências para a conta dos golpistas. Para a educadora financeira, Aline Soaper, essa transação bancária é prática e ágil, mas exige atenção por parte dos consumidores. 

"Antes de fazer uma transferência é importante conferir se o número e o nome de quem vai receber o PIX é o mesmo, a mudança de uma letra no e-mail ou um número no telefone transfere o dinheiro para outra pessoa", orienta Soaper. 

Entre os golpes mais comuns são as clonagens do whatsapps com pedidos de dinheiro emprestado via PIX, falsos recibos e o fraudador entrando em contato como funcionário de banco, para o cliente cadastrar uma chave PIX ou informar que precisa fazer um teste para regularizar um suposto cadastro. Desde que o pagamento via PIX foi criado, em novembro de 2020, acumulou, no fim de junho, 165,8 milhões de usuários e superou o valor de R$ 2,13 trilhões movimentados, de acordo com os dados do Banco Central. 

Para não cair nessas armadilhas, Aline Soaper destaca quatro dicas de como evitar os golpes. Confira! 

1. Tenha certeza dos dados do destinatário 

"Não faça transações por PIX antes de ter certeza de estar fazendo para a pessoa certa e apenas se for uma compra de confiança. Se é a primeira vez que você faz uma compra com a pessoa, prefira pagar no cartão, mesmo que não tenha desconto, porque no cartão é possível cancelar a compra caso tenha sido vítima de algum golpe", comenta Soaper. 

2. Não clique em links recebidos por SMS ou WhatsApp 

"Não clique em links que você recebe por SMS ou WhatsApp pedindo para confirmar números para realizar transferência. Se tiver dúvidas, entre no próprio aplicativo do banco", orienta a especialista. 

3. Estabeleça um limite de transferência 

"Mantenha seu limite de transferência por PIX ativado no mínimo que você costuma usar, assim caso seu telefone seja furtado, a barreira será maior para fazer transferências indevidas", diz a expert

4. Confirme se a mensagem é verdadeira  

"Não faça transferência para alguém que pediu por mensagem de WhatsApp sem confirmar por outros canais se esse pedido é verdadeiro. Caso você receba um pedido de um filho, amigo ou conhecido, ligue por telefone para saber se o pedido é real ou se alguém está tentando aplicar um golpe", conclui Aline Soaper.