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por Letícia Bogéa, analista de Economia do Boletim Nacional
O Banco Central elevou, na última quarta-feira (6), a taxa Selic em 0,5 ponto percentual indo para 11,25%. É a segunda vez, em 2024, que a taxa Selic sobe. O aumento já estava sendo ventilado pelo mercado, principalmente diante da ausência de propostas reais, por parte do Governo Federal, para conter os gastos públicos.
Com a alta da Selic, muitos investidores podem sentir a tentação de migrar para investimentos de curto prazo e renda fixa, atraídos por taxas mais altas. No entanto, manter uma visão de longo prazo e diversificar a carteira são estratégias essenciais para uma vida financeira saudável e menos vulnerável às oscilações de mercado.
Investir pensando no longo prazo permite capturar o potencial de valorização de ativos como ações, imóveis e fundos, que, apesar de apresentarem oscilações no curto prazo, tendem a oferecer retornos mais expressivos ao longo dos anos. É por isso que reforço a importância de focar na qualidade dos seus ativos e a localização desses imóveis (no caso de adquirir cotas, por exemplo, de fundos imobiliários).
Ao entender esse movimento, você se sentirá mais seguro e saberá como diversificar seus investimentos, não se preocupando com as oscilações, afinal, o mercado sempre vai oscilar. Mas isso não quer dizer que você não vai acompanhar o cenário econômico. Não é isso! Mas, ao espalhar investimentos em diferentes classes de ativos, você cria uma base sólida que absorve melhor as variações de mercado, mantendo a estabilidade do seu patrimônio.
A alta da Selic pode ser aproveitada com equilíbrio, adicionando opções de renda fixa à carteira sem abandonar ativos de crescimento (renda variável). Com uma boa estratégia e com foco no futuro, é possível não só proteger, mas fortalecer seu patrimônio, aproveitando o melhor de cada fase econômica.
Seja racional na hora de diversificar seus ativos. Conheça seu perfil de investidor antes de tomar uma decisão. O que pode servir para um, pode não servir para o outro.