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Por Letícia Bogéa – Analista de Economia do Boletim Nacional
A principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação é a taxa Selic, que está atualmente em 14,25% ao ano após cinco aumentos consecutivos. O mercado projeta uma nova elevação na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) na quarta-feira, 7 de maio, mas de menor intensidade, indo para 14,75%, um aumento de 0,5 ponto percentual. A expectativa é compartilhada por economistas de instituições como Santander, C6 Bank, Bradesco, XP Investimentos e Banco Inter.
As projeções divergem: alguns veem o fim do ciclo de alta, enquanto outros esperam que a Selic chegue a 15%. Apesar disso, há consenso de que o BC deve manter o tom cauteloso e deixar em aberto os próximos passos, especialmente diante do cenário internacional incerto. O cenário fiscal e externo continua pressionando o Banco Central. A incerteza sobre as contas públicas e o ambiente global, especialmente nos EUA, exige cautela.
RENDA FIXA CONTINUA GANHANDO ESPAÇO
Com os juros altos, investimentos em renda fixa seguem favorecidos, oferecendo bom retorno com baixo risco. Por outro lado, ativos de renda variável tendem a perder atratividade, já que o custo do capital aumenta e a concorrência com a renda fixa se intensifica.
Porém, como sempre reforço aqui, diversificar sua carteira de acordo com o seu perfil de investidor é o que vai fazer você ter retornos positivos no longo prazo. Leve em conta o cenário econômico, mas, junto a isso, leve em conta o seu perfil (se é mais arrojado, conservador ou moderado). Com o mercado em constante mudança, é essencial adaptar sua estratégia. Em tempos de juros altos, aplicações atreladas ao CDI ganham destaque e podem garantir melhores retornos.