Após veto dos EUA, CEO da Nvidia busca manter acordos na China
Apesar das tensões comerciais, a China representou US$ 17 bilhões em receitas para a Nvidia no ano passado

O CEO da Nvidia, Jensen Huang, esteve em Pequim nesta quinta-feira (17) para reuniões com autoridades chinesas e líderes do setor de tecnologia, em meio ao agravamento das restrições impostas pelos Estados Unidos à venda de chips da empresa no país. A visita ocorre dias após a Nvidia estimar perdas de até US$ 5,5 bilhões devido à proibição da exportação do chip H20 para a China — medida que provocou queda de 7% nas ações da companhia e puxou o índice Nasdaq para baixo.

Durante o encontro com o vice-premiê chinês, He Lifeng, e o fundador da startup DeepSeek, Huang discutiu a possibilidade de desenvolver um novo chip que atenda simultaneamente às exigências regulatórias dos EUA e da China. Em entrevista à emissora estatal CCTV, o executivo reforçou que o país asiático continua sendo um mercado estratégico para a Nvidia e expressou desejo de manter a cooperação bilateral.

Apesar das tensões comerciais, a China representou US$ 17 bilhões em receitas para a Nvidia no ano passado. A nova proibição atinge diretamente o chip H20, que havia sido criado para contornar restrições anteriores. Além disso, o mercado local enfrenta pressão do governo chinês para adotar soluções nacionais, como os chips Ascend da Huawei, mesmo com seu desempenho inferior. Huang também abordou a demanda crescente por inteligência artificial generativa, setor no qual a DeepSeek vem se destacando com modelos avançados desenvolvidos a custos reduzidos — o que já levanta preocupações nos EUA sobre o acesso chinês a tecnologias restritas.

redacao
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