Caixa Econômica prepara oferta de ações da Caixa Seguridade ainda em 2024
Com a inclusão da Caixa Seguridade no índice Ibovespa, o aumento da liquidez dos papéis tornou a absorção da oferta mais fácil para o mercado

A Caixa Econômica Federal planeja lançar, ainda este ano, uma oferta subsequente de ações (follow on) da Caixa Seguridade, no valor de R$ 1,2 bilhão. Mesmo com a proximidade de 2025 e em um cenário de poucas ofertas de renda variável, a visão do banco é que há espaço para a venda de ações de seu braço de seguridade, um negócio que combina crescimento e alta rentabilidade.

Com a inclusão da Caixa Seguridade no índice Ibovespa, o aumento da liquidez dos papéis tornou a absorção da oferta mais fácil para o mercado. Até o momento, menos de dez ofertas de ações foram realizadas na B3 em 2024, sendo a maior delas a privatização da Sabesp em julho, que movimentou R$ 14,8 bilhões. No entanto, os altos juros no Brasil e nos Estados Unidos, somados às incertezas sobre as contas públicas brasileiras, têm dificultado as vendas de ativos de renda variável e impedido novas estreias (IPOs) desde agosto de 2021.

Crescimento da Caixa Seguridade impulsiona expectativas

Mesmo em um ambiente desafiador, a Caixa acredita que a oferta da Seguridade pode prosperar. Em 2024, as ações da companhia subiram 18%, impulsionadas pelo crescimento dos lucros, mesmo com as notícias sobre o follow on, que normalmente pressionam os papéis. O banco público já aprovou a venda de um lote equivalente a 2,75% das ações da empresa, o que, aos preços atuais, deve movimentar R$ 1,2 bilhão. A oferta será secundária, ou seja, os recursos arrecadados irão para a própria Caixa.

O objetivo é adequar a Caixa Seguridade às regras do Novo Mercado da B3, que exige que pelo menos 20% das ações de uma empresa estejam em circulação. Atualmente, 17,25% do capital da holding está na Bolsa, e não há intenção de vender um lote extra.

Alvo de pequenos e grandes investidores

Com a aprovação da oferta, o próximo passo será a formação de um sindicato de bancos para distribuir as ações, visando tanto investidores de varejo quanto institucionais e estrangeiros. Estes últimos têm demonstrado crescente interesse na companhia ao longo do último ano.

Se a oferta for lançada em novembro, o banco usará o balanço do terceiro trimestre, que será divulgado no início do mês. Esse resultado não deve ser impactado por fatores extraordinários, como ocorreu no segundo trimestre, quando um impacto de mais de R$ 150 milhões foi registrado devido às enchentes no Rio Grande do Sul e a sinistros não reportados no seguro prestamista.

Procurada para comentar, a Caixa afirmou que a realização da oferta dependerá das condições de mercado e das aprovações necessárias, conforme fato relevante publicado após a aprovação do conselho de administração.

(Com informações do Broadcast)

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