Governo Federal revisa projeção de déficit primário para 2024
O governo também atualizou suas previsões para uma série de indicadores econômicos referentes a 2024

O governo federal revisou nesta sexta-feira (20) a projeção para o déficit primário do governo central em 2024, reduzindo de R$ 28,8 bilhões para R$ 28,3 bilhões. Essa revisão inclui o desempenho do Tesouro Nacional, da Previdência e do Banco Central (BC). Os dados fazem parte do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, referente ao quarto bimestre deste ano, divulgado pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.

A meta estabelecida para 2024 é de déficit zero, com uma margem de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB), o que equivale a R$ 28,8 bilhões. Com o novo valor apresentado, há agora um espaço de R$ 407 milhões dentro do limite inferior da meta de primário.

Receitas e despesas

A estimativa de receitas primárias totais para 2024 foi ajustada para cima, com um aumento de R$ 1,99 bilhão, alcançando R$ 2,7 trilhões em relação ao relatório anterior, divulgado em julho. Esse valor é calculado antes das transferências para estados e municípios. Já as receitas líquidas tiveram um acréscimo de R$ 4,3 bilhões, chegando a R$ 2,17 trilhões.

Por outro lado, a previsão para as despesas primárias subiu em R$ 11,8 bilhões, totalizando R$ 2,24 trilhões. As despesas obrigatórias, que incluem benefícios previdenciários, aumentaram R$ 13,9 bilhões, atingindo R$ 2,04 trilhões. Só com os benefícios previdenciários, o aumento foi de R$ 8,3 bilhões, elevando o total para R$ 931,4 bilhões. Em contrapartida, a projeção para as despesas discricionárias (gastos que podem ser ajustados, como investimentos) caiu R$ 2,1 bilhões, somando R$ 198,3 bilhões.

Outros indicadores econômicos

O governo também atualizou suas previsões para uma série de indicadores econômicos referentes a 2024 no mesmo relatório:

  • Crescimento do PIB: A projeção passou de 2,54% para 3,21%.
  • Selic média: A expectativa para a taxa básica de juros foi revisada de 10,64% para 10,76%.
  • Taxa de câmbio médio: A previsão subiu de R$ 5,20 para R$ 5,29.
  • Preço do barril de petróleo: A estimativa foi ajustada de US$ 84,43 para US$ 79,57.

redacao
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