Pela primeira vez desde seu lançamento, o Pix se consolidou como o meio de pagamento mais utilizado no Brasil, superando o uso de dinheiro em espécie. Segundo levantamento do Banco Central (BC) divulgado nesta quarta-feira, o Pix é utilizado por 76,4% da população, enquanto o dinheiro é usado por 68,9%. Os dados fazem parte da pesquisa "O brasileiro e sua relação com o dinheiro", conduzida entre maio e julho deste ano.
Mudança no cenário de pagamentos
Em 2021, quando o Pix era uma novidade no mercado, ele era utilizado por apenas 46% da população, enquanto o dinheiro liderava com 83,6%. O avanço do Pix reflete a rápida adesão da população à praticidade e agilidade das transações digitais.
Quando questionados sobre o meio de pagamento mais utilizado no dia a dia, as respostas foram:
- 46,1% preferem o Pix;
- 22% utilizam dinheiro em espécie;
- 17,4% usam cartão de débito;
- 11,5% optam pelo cartão de crédito.
Perfil de uso
O uso do dinheiro em espécie permanece mais frequente entre as pessoas de renda mais baixa. Para quem ganha até dois salários mínimos, 75% utilizam o dinheiro como principal meio de pagamento. Entre os que recebem mais de dez salários mínimos, esse número cai para 58,3%.
Já o Pix ganhou espaço em todas as faixas de renda, especialmente por sua praticidade e custo zero para pessoas físicas, além de ser amplamente aceito em comércios de diferentes portes.
Dados da pesquisa
A pesquisa ouviu 1.000 consumidores e 1.000 comerciantes em todo o país, com margem de erro de 3,1% e nível de confiança de 95%. Ela foi realizada entre 28 de maio e 1º de julho de 2024.
Impulsionadores do crescimento
O crescimento do Pix é resultado de uma série de fatores:
- Facilidade de uso: transações instantâneas e gratuitas para usuários individuais.
- Ampla aceitação: adotado por comércios de todos os tamanhos e integrado a diversos serviços financeiros.
- Digitalização acelerada: a pandemia de Covid-19 impulsionou a busca por meios de pagamento digitais.
Impacto no sistema financeiro
A rápida adoção do Pix está transformando o sistema financeiro brasileiro, reduzindo a circulação de dinheiro em espécie e promovendo maior inclusão financeira. Para o Banco Central, o Pix desempenha um papel crucial na modernização dos meios de pagamento e na redução de custos operacionais para empresas e consumidores.
Com uma adoção que segue em crescimento, o Pix reafirma sua posição como um dos maiores sucessos de inovação financeira no Brasil, mudando a maneira como os brasileiros realizam transações no dia a dia.
