Em períodos como a Black Friday, a expectativa de aumento de vendas para os varejistas vem acompanhada de uma preocupação ainda maior com fraudes.
Dados inéditos da pesquisa Adyen Index - Digital Report 2024, apontam que 48% das empresas digitais no Brasil perdem entre R$ 3 e R$ 5 milhões anualmente com fraudes. O estudo contou com a participação de 2 mil consumidores e 400 empresas digitais no Brasil.
Apenas 18% das empresas tiveram uma perda abaixo dos R$ 3 milhões, e para os 34% restantes o prejuízo foi acima de R$ 5 milhões. Essa preocupação cresce nos últimos meses do ano. Isso porque a estratégia do varejo em períodos aquecidos, como a Black Friday, costuma ser centrada em aumentar o número de vendas, o que nem sempre envolve o cálculo correto de risco de fraudes. O e-commerce brasileiro movimentou cerca de 474 bilhões de reais em 2023, segundo o Statista, sendo 5,2 bilhões de reais somente na Black Friday.
“É preciso ter em mente que a fraude é inerente ao comércio online, mas a implementação de um sistema de pagamentos integrado e alimentado por dados auxilia na redução de riscos. Os comércios hoje podem contar com tecnologias avançadas, que combinam automatizações via inteligência artificial com regras manuais, em um processo de avaliação de transações rastreável e transparente”, explica Renato Migliacci, Vice-Presidente de Vendas da Adyen Brasil.
Preferência de pagamentos dos consumidores
A pesquisa da Adyen aponta que o método de pagamento mais utilizado para compras online entre consumidores é o cartão de crédito (70%), seguido pelo cartão de débito (43%) e Pix (41%). “Durante essa época do ano, também sabemos da ampla adesão ao pagamento parcelado, pois muitos consumidores esperam a sazonalidade para comprar itens de ticket mais alto. Nesse contexto, temos observado como tendência o uso abrangente das carteiras digitais pela rapidez, conveniência e segurança no checkout”, explica Renato.
De acordo com a pesquisa da Adyen, mais da metade (63%) dos consumidores gostaria de ter mais segurança ao realizar um pagamento, e 22% já utilizam biometria para autenticar transações, sendo que 36% dos entrevistados utilizam apenas a digital, enquanto 12% utilizam somente o reconhecimento facial.
