Moove busca IPO na Bolsa de Nova York e planeja expansão estratégica
Este IPO reflete não apenas o bom momento da Moove, mas também a confiança da Cosan em expandir seus negócios para mercados internacionais

A Moove, uma das principais subsidiárias da Cosan, entrou oficialmente com o pedido para realizar sua oferta pública inicial de ações (IPO) na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE). Esse movimento ocorre pouco mais de um mês após a Cosan anunciar seus planos de listar a empresa de lubrificantes no mercado de ações norte-americano, marcando um passo significativo para a internacionalização e expansão de suas operações.

No documento apresentado à NYSE, a Moove não especifica o montante que pretende arrecadar com a oferta. Contudo, o desempenho recente da companhia sugere um cenário financeiro positivo. No primeiro semestre de 2024, a Moove registrou um lucro de R$ 237,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 58,4 milhões do mesmo período de 2023 e quase igualando o lucro total do ano anterior, que foi de R$ 266 milhões. Entretanto, a receita da empresa teve uma leve queda de 1,6%, totalizando R$ 5,02 bilhões entre janeiro e junho deste ano, frente aos R$ 5,1 bilhões registrados em igual período de 2023. No acumulado de 2023, a receita foi de R$ 10,1 bilhões.

Criada em 2008 após a aquisição dos ativos da ExxonMobil no Brasil pela Cosan, a Moove consolidou sua presença em setores estratégicos, como o automotivo e de aviação. A empresa possui fábricas de lubrificantes no Brasil, com destaque para sua principal planta no Rio de Janeiro, que tem capacidade de produção anual de aproximadamente 400 milhões de litros. Além disso, a Moove possui unidades industriais no Reino Unido e nos Estados Unidos, reforçando sua atuação internacional.

De acordo com o prospecto, os recursos captados com a venda das ações serão destinados a fins corporativos gerais, como o fortalecimento do capital de giro. A empresa também planeja usar parte do montante para possíveis aquisições, investimentos em novos negócios, produtos, serviços e tecnologias. A Moove acredita que seu “investimento contínuo em ativos físicos, incluindo fábricas, capacidade de transporte, sistemas de tecnologia da informação e a expansão da rede de centros de distribuição, constitui uma vantagem competitiva” no mercado global de lubrificantes.

O IPO da Moove será o primeiro de uma empresa brasileira na Bolsa de Nova York desde a estreia do Nubank, em 2021, ressaltando a relevância do movimento. A oferta será coordenada por grandes instituições financeiras, como J.P. Morgan, Bank of America, Citi, Itaú BBA, BTG Pactual e Santander.

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